domingo, 24 de junho de 2012

Instalar piscinas em coberturas demanda estudos estruturais


Coberturas são espaços privilegiados. Ficam no topo dos edifícios, têm planta diferente dos outros apartamentos, quase sempre com áreas abertas, e proporcionam vistas belas. Para melhorar ainda mais, só tendo uma piscina. A instalação requer alguns cuidados especiais, mas, tomadas as precauções, o morador terá o privilégio de dar umas braçadas ou tomar sol admirando a paisagem ao redor. O arquiteto Mauro Cid, da Cid Leme Construção Civil, explica que é preciso um estudo detalhado da estrutura do edifício antes de instalar uma piscina na cobertura, pois a construção do tanque representa um aumento significativo de peso sobre a laje do apartamento. Espaços próximos a vigas e lajes aguentam mais pressão; os mais frágeis precisam de reforço para evitar problemas futuros – em geral, coloca-se uma viga sob esses locais.
A escolha do lugar de instalação também depende de outros fatores. A melhor forma de aproveitar ao máximo a piscina é colocá-la na face norte da construção, que recebe mais sol durante o ano. A arquiteta Andressa Martinez diz, no entanto, que a palavra final cabe ao morador. “Alguns privilegiam a privacidade, enquanto outros levam em conta a vista ou a harmonia estética com o resto do apartamento.”
Como nem sempre o lugar com mais sol é o que menos expõe os moradores aos olhares dos vizinhos, Cid recomenda colocar vegetação ou estruturas vazadas de madeira ou treliça. “Com isso, mantém-se a privacidade do ambiente sem afetar a ventilação.” Já a arquiteta afirma que alguns clientes querem apenas que a piscina se destaque na cobertura, independentemente da privacidade ou da vista.
Há tanques de fibra ou de concreto. Os primeiros, observa Andressa, são mais pesados e ideais para fazer durante a construção da cobertura, facilitando a impermeabilização e o preparo hidráulico do local. Já os de fibra são mais leves, baratos e fáceis de instalar. Ela ressalta, ainda, que colocar um deck valoriza a piscina. Faz ressalvas, no entanto, quanto aos materiais para construí-lo. “A madeira natural envelhece rápido, e o ideal é usar madeira plástica ou fazer uma pequena laje.”
A profundidade não varia muito, fica normalmente entre 90 centímetros e um metro. Já o tamanho vai desde o de uma banheira até o de uma raia. O fundamental, como explica Cid, é que haja equilíbrio com o restante do imóvel – a não ser que você seja fanático por piscina, o recomendável é construí-la num tamanho suficiente para aproveitar também outros espaços do apartamento

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